Hoje o comentário será simples: cuidado, atenção! Sinal amarelo ligado!Sempre alerta! O que o sinal de trânsito e o lema dos escoteiros tem a ver com tecnologia? Bem, muita coisa.
Há pouco a Associação Americana de Sociologia publicou um estudo muito interessante sobre os usuários da Internet e de redes sociais. Ocorre que há muito temos várias opiniões, mas pesquisas sérias relacionadas aos usuários e usos da rede ainda são escassas. Temos hoje inúmeras formas de mensurar e de qualificar os acessos. Faltava um bom grupo de estudiosos das humanas (em que também me enquadro) para tratar a massa de dados qualitativamente. Foi o que fez a equipe de Michael Rosenfeld, professor da Universidade de Stanford. O mesmo pesquisou a realidade dos EUA, porém podemos replicar a análise para um cenário mais amplo.
Pois bem, vamos aos dados de forma objetiva:
1 – 82% dos usuários adultos que tem acesso a rede em casa tem um cônjuge.
2 – Dos casais que se conheceram pela internet, 61% são homossexuais.
Pera lá, você leu isso mesmo! A probabilidade de ser um adulto e não se relacionar com alguém do mesmo sexo ou com alguém que já tem um relacionamento é bem baixa. Sim, aposto que já leram e ouviram muito sobre as precauções ao tentar se relacionar pela internet, sobretudo quando conhece alguém via redes sociais. Lembro de minhas máximas quando comecei a usar a internet há mais de uma década atrás:
a) Até que se prove o contrário, nada é verdade na Internet.
b) O primeiro passo para ter algum contato sério pela Internet é ser sincero. É preciso dar o exemplo sendo honesto com os outros. Ora, cobramos dos outros o que nós mesmos não somos?
Com essas regras de ouro somadas a outras pequenas dicas de etiqueta e conduta que são encontradas aqui mesmo na coluna Pare e Pense Tecnologia, certamente as probabilidades de relacionamento melhoram consideravelmente. Mas daí segue-se outro questionamento: quais são os usos de redes sociais?
Sabemos que redes sociais são por muitas vezes usadas exclusivamente para a conquista, para novos relacionamentos amorosos. Há redes sociais criadas apenas para isso. Porém é importante ressaltar que a grande rede não foi criada apenas para isso e que por inúmeras vezes as desilusões são maiores que os casos de sucesso.
E por que digo isso? Porque não podemos resumir as redes de computadores a uma espécie de cupido virtual. Tampouco podemos nos focar apenas nas redes sociais quando quisermos nos relacionar. Até porque no limite não vamos querer apenas um contato pela telinha, não é? Pois bem, então cuidado novamente, para não trocar gato por lebre por vez e trocar uma vida de verdade por uma simulação virtualizada…
Fontes: G1, perfil do prof. Michael Rosenfeld, site do departamento de sociologia da Universidade de Stanford.