Aplicações de reconhecimento facial estão em voga. Não é tão antigo assim ter algorítimo que atribui traços faciais a um banco de dados. Técnica já usada há anos pela polícia em todo mundo, mas que tem consequências diretas quando aberta ao grande público.
Seguindo o conceito de Web 2.0, a participação ativa dos usuários interconectados através de redes sociais, podemos imaginar o impacto dessa tecnologia em nossos tempos. Há pouco foi confirmado que o reconhecimento facial, já usado em outras redes sociais, será aproveitado no Facebook. O que teremos agora é a identificação do rosto de um usuário e sua ligação direta ao perfil. Como uma “marcação automatizada”.
Obviamente a bola rolará quadrada em inúmeras vezes. Nenhum algoritmo é perfeito e sabemos que há erros. É impossível ter a completa correspondência entre imagem (com grandeza analógica) e bits. Porém o incremento da tecnologia de reconhecimento facial é extremamente pertinente. Basta lembrar que uma fabricante de máquinas fotográficas digitais lançou um modelo que reconhece o fotografado, categoriza a provável idade dele pelos traços no rosto e ainda retoca a imagem.
Mas cá estou a pensar no impacto nas redes sociais. Ora, se atingir há alguém que possui um perfil público com exposição extrema de sua vida pessoal, teremos problemas. Porém, caso seja um usuário inteligente que sabe respeitar sua própria privacidade, em nada vai mudar. Quem não deve não teme, dizem os antigos. Sigo o pensamento. Que adianta uma pessoa saber se eu sou eu mesmo se já exponho minha identidade em redes sociais?
Ou seja… acho uma boa que as pessoas que ainda estão “brincando de internet” abrirem seus olhos. Pensem que você não apenas coloca as suas fotos na rede. Qualquer um pode tirar uma foto sua e colocar na Web. Daí pra te desmascarar é um pulo, ou melhor, um clique.