Tenho um bom projeto e quero desenvolver meu produto. Porém, para expandir meus negócios preciso de uma acessoria para desenvolvimento de meu produto, pois trata de uma tecnologia que não está consolidada no mercado. A solução mais viável são as incubadoras de empresas. Em resumo, é a grande tendência para o desenvolvimento tecnológico, pois visa aliar a pesquisa com a aplicação prática de iniciativas empreendedoras. Para o mercado de tecnologia é fundamental! Vamos dar uma olhada de perto no que espero ser a grande febre para desenvolvedores de tecnologia.
O que é uma incubadora?
Analogia simples: um recém nacido vai para uma incubadora. Lá ele é nutrido até ter força para viver. O mesmo ocorre com as incubadoras. Trata-se de ferramentas para ajudar microempresas ou investidores que precisam de assistência para alavancar seu negócio. O crescimento de pesquisas tecnológicas no Brasil tem feito essas iniciativas se multiplicarem.
Grande parte das incubadoras do Brasil está ligada à faculdades públicas ou privadas. Na prática é algo extremamente positivo tanto para as empresas quanto para a própria universidade. Os alunos recebem o contato com o mercado de trabalho e têm uma aula na prática. As empresas são assistidas e têm contato com jovens talentos que desenvolvem projetos inovadores e querem apenas uma oportunidade para colocá-los em prática.
As incubadoras então servem de forma positiva para os centros universitários. As universidades buscam parcerias para desenvolver os projetos inovadores que são produzidos no seio de seus mestrados, doutorados e graduações. Dessa forma é algo positivo para o desenvolvimento de tecnologia. Para além, para o desenvolvimento de nossa própria nação, quando trata-se de incubadoras dentro de universidades públicas. Vale a pena insistir nessa iniciativa!
Como funciona?
A noção básica é dar subsídio aos primeiros passos para o desenvolvimento de uma empresa, ou de um produto de uma empresa já consolidada. Falamos de estrutura física, consultoria jurídica, contábil, de marketing, apoio na participação de missões comerciais, rodadas de negócios, preparação para editais de licitação, além de auxílio na viabilização de inovações tecnológicas. Esse último ponto é o principal para nós.
As incubatoras normalmente estabelecem alguns critérios para selecionar as empresas. Sim, não é qualquer empresa que pode ser incubada. Há um tempo (normalmente 3 anos) em que as empresas dispõem desse apoio. Trata-de de uma forma de alavancar os negócios e não uma muleta eterna. Seguem os critérios:
- As empresas devem ter alguma inovação sem seu produto ou serviço;
- Ser viável em termos de mercado;
- Ter uma boa qualificação técnica ou um suporte bem estruturado;
- Recursos financeiros básicos para iniciar o projeto.
Tipos de incubadoras e a relação com a Tecnologia
De acordo com o site e-commerce, existem os seguintes tipos de incubadoras de empresas:
Incubadora Tecnológica Fechada | A maioria das incubadoras tecnológicas como CELTA/UFSC, GÊNESIS/PUC-RJ, COPPE/UFRJ, se enquadram nessa categoria. A CELTA de Florianópolis, por exemplo, ligada à fundação CERTI, instituição privada, sem fins lucrativos, que funciona no campus da Universidade de Santa Catarina (UFSC) possui 36 empresas incubadas instaladas num prédio de 11,1mil m2. As empresas estão instaladas em módulos que variam de 30 a 40 m2 e dispõe de bibliotecas, sala de reunião, auditório, laboratórios, e afins. A CELTA obteve destaque nacional ao desenvolver a urna eletrônica, aprovada pelo tribunal Superior Eleitoral |
Incubadora Tecnológica Mista |
O CIETEC, localizado no campus da USP, utiliza tanto a modalidade fechada e aberta para incubadoras. Recentemente ampliou as suas instalações para atender mais empresas, além de abrir novas vagas para empresas que não irão necessitar de sua estrutura física e continuarão funcionando nas suas atuais instalações, dispersas na área geográfica das proximidades da universidade e utilizando apenas os serviços da incubadora como: consultoria, laboratório do IPT, e afins. |
Incubadora Tradicional Fechada | São incubadoras que atuam nos setores ditos tradicionais, geralmente indústrias, como confecção, embalagens, eletro-eletrônicos, plásticos etc.. Um exemplo é o programa de incubadoras de empresas desenvolvido pela FIESP/CIESP/SP, conhecido como Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, teve seu início com a instalação da Incubadora na cidade de Itu, em maio de 1991. Hoje com 13 Núcleos em funcionamento na capital e interior do Estado de São Paulo. Esses núcleos abrigam cerca de 82 empresas, gerando 482 empregos diretos. |
Incubadora Tradicional Aberta | A idéia nasceu na Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul e teve sua consolidação através do INTECCOPPE/UFRJ – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – que em três anos de existência incubou cerca de 25 cooperativas populares no estado do Rio de Janeiro. A partir da experiência do INTECCOPPE, o FINEP está desenvolvendo um programa para levar esta tecnologia a todas Universidades Federais do Brasil. Este modelo de incubadora presta os serviços necessários à montagem e acompanhamento do desenvolvimento de cooperativas. |
Como é possível observar, há moldes distintos de incubadoras. Logo, de acordo com o perfil da empresa ou do segmento desenvolvido, a opção entre um ou outro modelo deve ser feito. De forma simples, as incubadoras mais comuns são as incubadoras tradicionais fechadas, relacionadas ao ramo de desenvolvimento de produtos industriais. Como exemplo desse ramo temos as incubadoras do Sebrae.
Já para o ramo de Tecnologia da Informação e Telecom, as incubadoras tradicionais abertas e as tecnológicas fechadas são as mais atrativas, pois se relacionam ou ao fomento de cooperativas ou ao vínculo com o que há de topono desenvolvimento de tecnologias. Acredito que para o ramo de tecnologia em si, as melhores opções realmente se concentram em universidades federais.
Opinião pessoal
Então, caso pensem em abrir um negócio, busquem consultoria em incubadoras. Caso queiram entrar no mercado de trabalho, nada melhor que observar bons projetos que estão sendo desenvolvidos nas incubadoras. E se estiver cursando uma faculdade e gosta de tecnologia, é mais do que a hora de saber dos projetos que estão sendo acompanhados pelo seu campus!